A reforma da previdência e a resistência do povo organizado

Por Kátia Rejane e Claudeilton Luiz

Desde do inicio do governo ilegítimo de Michel temer, após o golpe em 2016, várias medidas impopulares e reformas que tiram direitos adquiridos pelos trabalhadores/as brasileiros/as tem sofrido ameaças constantes, algumas dessas medidas já foram aprovadas e a população já sente o impacto, como a reforma trabalhista que está em vigor desde do mês de Novembro e a PEC de congelamento de investimentos na saúde, educação e assistência social nos próximos 20 anos, recentemente a pauta da reforma da previdência está em evidencia, e é a “maldade da vez”, pois se aprovada prejudicará  trabalhadores/as de todos os seguimentos, especialmente as mulheres e camponeses/as.

O governo ilegítimo se utiliza de dois argumentos para tentar emplacar a reforma da previdência, primeiro dizendo que a população está vivendo mais, ou seja, um aumento de expectativa de vida, por isso tem que se aposentar mais velha, o segundo elemento alegado é o déficit da previdência,  que é uma inverdade, pois comprovadamente a previdência é superavitária, para tirar a conclusão basta somar as receitas, que são: COFINS, PIS, CSLL, Contribuição previdência do empregado e do empregador, contribuição das loterias por meio do jogos, contribuição do agricultor através da comercialização e as despesas para alcançar essa conclusão, é importante também ressaltar que por meio da DRU- Desvinculação de receitas da União o governo abocanha 30%  do valor arrecadado para a seguridade social, ou seja, as justificativas utilizadas pelo governo, não são legitimas e isso tem causado revolta a população e provocado movimentos sociais a se posicionar e reafirmar resistência frente ao golpe sofrido.

Movimento sociais, Sindicatos, Organizações não governamentais, associações e diversos grupos organizados tem feito frente de luta resistindo a reforma da previdência, movimentos em várias regiões do País, das capitais ao interior, tem realizado ocupação de BR, audiências com lideranças políticas cobrando para que esses pressionem seus deputados a votar contra essa reforma tem sido algumas das ações de resistências, no sertão do Araripe Pernambucano não tem sido diferente das demais regiões, semana passada as organizações e movimentos que compõem a frente Brasil Popular no território realizou uma audiência pública no município de Ouricuri, onde foram convidados/as vereadores/as e demais lideranças políticas para cobrar posicionamento dos mesmos, na ocasião a câmera de vereadores emitiu uma carta de repudio a reforma previdenciária. A nível nacional podemos destacar a greve de fome que militantes do MPA (Movimento dos pequenos agricultores), encamparam com o tema: Alguns passam fome hoje, para que muitos não morram de fome no futuro.

A possibilidade de votação da reforma para essa semana, provocou diversos atos no País inteiro e uma tensão muito grande na capital federal, mas ao final da tarde dessa quinta feira os militantes encerram a greve de fome avaliada como vitoriosa. “Encerramos a greve de fome com vitória, adiaram a votação da reforma e retiraram os rurais da reforma” Diz Vani Souza, militante do MPA, segundo informações do MPA, o presidente da câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM), em visita aos grevistas afirmou que retiraria os/as camponeses da reforma da previdência, além disso anunciou o adiamento da votação para o mês de Fevereiro de 2018. A frente Brasil popular afirma que continuará firme na luta contra a reforma da previdência.

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