O Bioma Caatinga e a Luta Contra a Degradação Ambiental

                                                                                                     Por Paulo Pedro e Kátia Rejane

 

Já não é mais novidade dizer que a Caatinga é, exclusivamente, brasileira. Muitas plantas, animais, pássaros e peixes, entre outros seres vivos existentes nessa região, não se encontram em nenhum outro lugar do mundo. Além da Caatinga, existem no Brasil mais outros cinco biomas: Amazônia, Mata atlântica, pantanal, cerrado e Pampa. Todos passam, atualmente, por grandes e preocupantes níveis de degradação, causados por práticas humanas danosas ao meio ambiente. Caatinga e cerrado, juntos representam 1/3 do território e da biodiversidade do nosso País que, hoje, estão esquecidos. Espalham-se por 14 estados, 1 927 municípios (34% dos municípios brasileiros) e o Distrito Federal, onde vivem 30% da população do Brasil. Contudo, são os dois biomas menos protegidos pelas leis brasileiras, inclusive, ainda não são reconhecidos como patrimônio nacional, como os outros seis biomas já reconhecidos pela Constituição Federal de 1988.

 

A Caatinga é reconhecida como uma das 37 grandes regiões naturais do planeta, ao lado da Amazônia e do Pantanal. Porém, é o terceiro bioma brasileiro mais degradado, apenas a mata Atlântica e o Cerrado estão em situação mais critica. Quase metade da sua área já foi desmatada, cerca de 1/3 das suas plantas e 15% dos seus animais são espécies exclusivamente do bioma, uma riqueza biológica não encontrada em nenhum outro lugar do mundo. A biodiversidade da Caatinga possibilita múltiplas atividades econômicas, com fins agropecuários, industriais, farmacêuticos, cosméticos, químicos, alimentícios, sociais e ambientais.

Diante desse cenário, a agricultura familiar agroecológica vem, fazendo um importante papel de cuidado da biodiversidade e preservação ambiental, através das trocas de conhecimentos, da observação da natureza e práticas de produção que causam menos impactos ambientais como plantios em sistema consorciado, sistemas agroflorestais, reaproveitamento de água, entre tantas outras iniciativas de minimizar os danos ao meio ambiente.

 

 

Reafirmamos a necessidade de fortalecimento da agricultura familiar agroecológica que garante alimentos de qualidade sem degradar os biomas e os seus recursos naturais.

Outra iniciativa que merece destaque são as práticas de educação contextualizada para convivência com o semiárido, que sensibilizam crianças e adolescentes a viver em harmonia com as pessoas e a natureza e produzir alimentos de qualidade, diminuindo os danos a natureza.

 

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