Conselho de Bodocó discute implantação de cisternas no município

 

 Na manhã de hoje, 20 de março, o Conselho de Desenvolvimento Rural de Bodocó (CONDESBO) realizou uma reunião que colocou em pauta o sistema de implantação das cisternas de plástico realizado pela CODEVASF em contraponto ao trabalho realizado pela Articulação no Semi-Árido através do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC). O debate partiu da solicitação feita pela ONG Caatinga para explicitar seu posicionamento quanto a essa temática.

Um dos pontos ressaltados por participantes da reunião foi a falta do conhecimento real quanto a situação das famílias que receberem o benefício vindo do Programa Água para Todos, do Governo Federal ou do P1MC, da ASA. A lógica de ambos os programas é que, buscando a universalização da Água, cada família seja beneficiada com uma cisterna, não podendo assim ser contemplada pelos dois programas.

Durante o debate a equipe do Caatinga, que se posiciona contra a implantação de cisternas de plástico, exibiu imagens das cisternas cedendo a estrutura e sendo retirada pela família, o que causou agitação entre os presentes.  Os principais argumentos que o Caatinga apresenta giram em torno da qualidade do produto , da impossibilidade de participação da comunidade no processo de implantação e do alto custo das cisternas que pode chegar a quase quatro vezes mais que as cisternas de plástico no caso de ter que repô-las, como nos casos apresentados.

 A Presidenta do CONDESBO, Julani Sousa, contestou os questionamentos levantados argumentando que o processo não é tão diferente. Segundo Julani as comunidades estão formando Comissões com até três pessoas para acompanhar a implementação das tecnologias e que os pedreiros estão de alguma maneira participando na estruturação da base que é feita de cimento.

Ao final das considerações, Carmi Nunes,  representante do PRORURAL, destacou que as Associações precisam estar atentas para levar as informações que estão sendo discutidas no Conselho para suas bases afim de que todos/as fiquem informados e tenham capacidade de avaliar e decidir sobre o que é melhor para cada família. Reforçou ainda a importância das cisternas de placas e de como as famílias se apropriaram da construção das mesmas podendo até consertá-las quando necessário, contrapondo a lógica das cisternas plástico.

Compartilhe