Projeto Riachos do Velho Chico prevê a construção de 20 barragens subterrâneas no Sertão Pernambucano

Jovens multiplicadores acompanham iIdentificação de local para construção de barragem subterranea Foto: Ariagildo Vieira
Para conviver com as condições de semiaridez, as famílias agricultoras do sertão pernambucano utilizam diversas formas de armazenamento alimentos e de água, é o caso das cisternas, barreiros, açudes, etc. Pensando nessa necessidade, o projeto Riachos do Velho Chico iniciativa das ONG´s Caatinga e Centro Sabiá, patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental vai implantar 20 barragens subterrâneas em comunidades dos municípios de Triunfo e Parnamirim, localizados respectivamente, nos territórios do Pajeú e Araripe pernambucano. A instalação dessa tecnologia visa a disponibilização de água, para que as comunidades envolvidas no projeto possam ter condições de produzir as mudas que estão previstas para a revitalização dos Riachos Queimada em Parnamirim, e Frazão em Triunfo, ambos afluentes do Rio São Francisco. A iniciativa tem como meta recuperar a mata ciliar num trecho de médio de 8km em cada riacho, a fim de evitar que a escassez de água nesses mananciais. Para o técnico do Caatinga responsável pelo Projeto Riachos do Velho Chico na região do Araripe, essa tecnologia é de suma importância para o andamento das atividades previstas e para a melhoria da qualidade de vida dos/as agricultores/as. “A barragem subterrânea que vai evitar que água evapore através do vento e do calor com isso, os/as agricultores/as terão água disponível praticamente durante todo o ano. O solo vai ficar umedecido e as famílias poderão utilizar a água para a produção de mudas, e de outras plantas e vegetais que vão garantir alimento para as famílias e para os animais”, salienta.   Barragem subterrânea Adotada pelo Caatinga há mais de 23 anos, a barragem subterrânea é uma tecnologia de armazenamento de água construída em áreas de córregos de riachos e rios. Escavação de forma transversal com profundidade mínima de dois metros e máxima de seis, a tecnologia permite o armazenamento da água no subsolo, evitando assim o processo de evapotranspiração.

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