Durante jornada, técnicos/as e parceiros do Caatinga avaliam que agricultores/as que estocam tem maior resistência à seca

Tecnicos/as reunidos na preparação para ida à campo     Foto: Cristina Lima Após três dias de jornada de sistematização que aconteceu entre os dias 11 e 13 de setembro, um Grupo com 16 técnicos/as e parceiros do Caatinga foram à campo para levantar dados e colher informações de agricultores/as sobre quais estratégias eles utilizam para enfrentar à seca, foi diagnosticado que as famílias que estocam alimentos e fazem o bom gerenciamento da água conseguem enfrentar melhor os períodos de estiagem. A reflexão foi possível, depois que divididos em grupos os técnicos/as visitaram seis experiências de agricultores familiares que trabalham com a agroecologia, plantio de sequeiro em assentamento, cultivo convencional (agronegócio), bovinocultura e gesso. As experiências foram identificadas nos municípios de Trindade, Santa Cruz, Granito e Santa Filomena. Com a apresentação dos dados levantados foi possível comparar que sistemas eram economicamente viáveis e sustentáveis em períodos de seca extrema como o que vivemos hoje. A descrição das informações foi feita a partir de entrevista, desenho do mapa da propriedade, histórico da família e mapa de fluxo, onde foram apontadas as relações sociais, produção e fontes de renda da família. Para se ter ideia, no sistema de Seu Zé Zacarias que está em fase de transição agroecológica a diversificação de plantio, gestão da água e armazenamento de sementes tem possibilitado a oferta de alimento e água para a família e para os animais sem a necessidade de comprar fora. Já no sistema de Reismaria em que o plantio convencional de tomate é tido como principal atividade, não foi possível produzir por falta de água e a família tem que recorrer a trabalhos externos. “Essa jornada foi um marco na quebra de paradigmas, e proporcionou o estudo de diferentes casos a fim de que possamos refletir e pensar estratégias para melhorar a nossa ação junto às famílias agricultoras. A nossa missão é difícil, mas se temos a capacidade de percepção podemos abrir espaços para uma nova consciência”, avalia o Coordenador do Caatinga, Giovanne Xenofonte.  

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