ASA Pernambuco realiza ato público para cobrar urgência nas ações de enfrentamento à seca
Ato Público da ASA realizado em dezembro nas cidades de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) Foto: Alice Alencar Por Elka Macedo e Mariana Landim – Núcleo de Comunicação da ASA/PE A Articulação no Semiárido pernambucano (ASA-PE) realizará na próxima quinta-feira (18), no município de Salgueiro, Sertão Central, um ato público para cobrar do Governo do Estado agilidade na liberação das medidas emergenciais de combate aos efeitos da estiagem e na implementação de ações estruturantes para convivência com o Semiárido pernambucano. A mobilização acontecerá a partir das 9h, no Ginásio Poliesportivo da cidade, e contará com a presença de mais de mil pessoas, entre agricultores/as, lideranças políticas, além de representantes da sociedade civil organizada, de movimentos sociais e de instituições que compõem a ASA-PE. Na ocasião, o governador Eduardo Campos estará presente para fazer o lançamento do Programa Chapéu de Palha Estiagem. O público também poderá acompanhar a entrega da Carta do Araripe ao governador – documento construído durante o Encontro Estadual da ASA-PE, que aconteceu na semana passada, na cidade de Araripina. A Carta política será entregue nas mãos do chefe do executivo estadual por um representante da ASA-PE, que na oportunidade fará um discurso reforçando o trabalho desenvolvido pelas organizações, e principalmente a situação crítica vivenciada pelas famílias agricultoras nas regiões do Agreste e Sertão do estado. O documento expressa as reivindicações de caráter emergencial e estruturante propostas pela sociedade civil e por agricultores e agricultoras. O acesso à água para o consumo humano e animal, a ração para os animais e o crédito especial para os atingidos pela estiagem, são algumas das exigências emergenciais descritas. Em relação às ações estruturantes, a Carta política revela a necessidade de construção de infraestruturas hídricas e de estoques de alimentos para as pessoas e os animais, desburocratização dos créditos para agricultura familiar, recuperação e ampliação do patrimônio genético (sementes e animais) adaptado às condições de semiaridez, além de um plano de emergência estruturado para futuras grandes secas. “Na verdade, o documento que será entregue não traz nada de novo para o governo, apenas reforça a pauta de reivindicações da sociedade civil, mas com o olhar, sobretudo para a conjuntura atual de seca. Isso significa que juntos precisamos avançar em defesa das políticas estruturantes e contra a lógica de combate à seca, já que esta é uma realidade perfeitamente previsível”, explica a coordenadora executiva da ASA-PE, Neilda Pereira.