Centro Sabiá recebe prêmio “Boas Práticas em Educação Ambiental na Agricultura Familiar”

Por Sara Brito – Núcleo de Comunicação do Centro Sabiá O Centro Sabiá conquistou o Prêmio Boas Práticas em Educação Ambiental, do Ministério do Meio Ambiente (MMA). A premiação será realizada com a publicação da experiência em um livro que reúne as 25 experiências de todo o país ganhadoras do prêmio e a participação de um seminário sobre práticas ambientais, que segue de hoje, 28, até o dia 30. O Centro Sabiá foi escolhido através de edital lançado pelo MMA com o Projeto Referencial de Educação Ambiental e realizado durante os anos de 2009 e 2010 em sete municípios da região do Sertão do Pajeú de Pernambuco, envolvendo nove escolas, 25 professores/as e 450 estudantes, com o objetivo de desenvolver uma educação ambiental contextualizada com a realidade local, de famílias agricultoras e assentamentos. A experiência foi realizada em parceria com as organizações Caatinga, Diaconia, Fetape, Coopagel e as prefeituras municipais de Afogados da Ingazeira, Carnaíba, Calumbi, Flores, Santa Cruz da Baixa Verde, São José do Egito, Sertânia, Tabira e Triunfo, com apoio do Projeto Dom Helder Câmara, do Governo Federal. O primeiro passo foi o diagnóstico das comunidades, escolas e os problemas ambientais envolvidos na região a partir de mobilização de todos envolvidos. Depois foi dado início à formação de professores com temas envolvendo a legislação ambiental, a região semiárida e seus elementos, como a água, a terra, a biodiversidade e o problema do lixo. Além disso, foi trabalhada a metodologia que os/as professores/as adotariam com os/as estudantes; um método que envolvia interdisciplinaridade – coletar plantas nos arredores da escola e fazer medições de suas raízes, por exemplo, envolve ciência e matemática. No fim de cada módulo foram organizadas sistematizações, intercâmbios em propriedades agroecológicas, e cada educador/a apresentou os métodos que mais deram certo para eles. Durante todo o projeto a participação dos pais e mães dos alunos/as foi muito buscada; entendeu-se a importância da valorização do conhecimento e das práticas locais, que eles e elas passavam para seus filhos/as, em conjunto com a escola. Ao final do projeto, cada comunidade escolheu uma ação para ser concretizada. Dentre elas estavam o plantio de mudas, o reflorestamento, a reciclagem do lixo, o plantio de horta e a construção de biblioteca com materiais relacionados à educação ambiental. Até uma ação política foi desencadeada quando, em um reconhecimento de campo, estudantes e professores descobriram que a água usada para fazer a merenda da escola vinha de uma nascente comprometida – foi exigido que a prefeitura implantasse uma cisterna para esse fim. Toda essa experiência estará descrita, junto com outras 24 de todo o país, no livro Boas Práticas em Educação Ambiental na Agricultura Familiar. “Espero que possamos disseminar e  multiplicar estas ações de boas práticas da educação ambiental em todo a país, no urbano e no rural,  e que elas sirvam de subsídio para que mais escolas implementem esta metodologia que vem dando certo e que aos poucos nos ajuda a conviver em um mundo melhor,” diz Nicléia Nogueira, técnica do Centro Sabiá que foi receber a premiação e participar do seminário. A experiência do Centro Sabiá premiada foi realizada em parceria com as organizações CAATINGA, Diaconia, Fetape, Coopagel e as prefeituras municipais de Afogados da Ingazeira, Carnaíba, Calumbi, Flores, Santa Cruz da Baixa Verde, São José do Egito, Sertânia, Tabira e Triunfo, com apoio do Projeto Dom Helder Câmara, do Governo Federal.  

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