Fórum de Mulheres de Pernambuco debate acesso à água durante reunião no Araripe

Dinâmica final da Reunião do Forum de Mulheres de pernambuco em Ouricuri Acesso à água. Este foi o tema principal da I Reunião do Forum de Mulheres de Pernambuco no Território Sertão do Araripe Pernambucano, que aconteceu na manhã do último sábado, 06, no auditório do Caatinga em Ouricuri. Na ocasião, cerca de 80 mulheres dos municípios de Ouricuri, Granito, Santa Filomena, Araripina, Santa Cruz, Exu, Trindade, Bodocó, Parnamirim, e representantes do Fórum das cidades de Afogados da Ingazeira, Recife, Mata Sul e Olinda falaram sobre o tema. O objetivo do evento foi fazer o levantamento junto às mulheres sobre a situação do acesso à água e da seca no sertão pernambucano, a fim de mostrar que esta é uma situação enfrentada há muito tempo pelas sertanejas, bem como com intuito de dar visibilidade à problemática do acesso a água em Pernambuco. A coordenadora do Fórum de Mulheres, Silvia Camurça, colocou que a seca também chegou á região metropolitana de Recife. “A seca chegou ao Recife. As pessoas têm acesso desigual a água na capital. Nos bairros nobres não falta água, mas nas periferias a população acessa o recurso a cada 15 dias”, afirmou. A agricultora da comunidade de Santa Fé, município de Santa Filomena, Maria Mariana mais conhecida como Dona Nenzinha enfatizou a importância das cisternas, principlamente neste período. “O sertão do Araripe está sem água. A melhor coisa que aconteceu na nossa vida foram cinco cisternas calçadão implantadas na nossa comunidade. Dona Gercilia é a única mulher que tem a tecnologia e que tem água na comunidade, que produz numa horta e vende na comunidade. Ninguém sabe até quando? Mas, graças a esta tecnologia está conseguindo conviver com a seca. As cisternas se fossem para cada família, em cada comunidade eu juro a você que resolvia o problema. É o espelho mais importante que temos na nossa comunidade”, destacou. Durante o evento foram pautadas as grandes obras que serão e estão sendo implementadas na região como o Canal do Sertão e a Transnordestina. Além do Plantio de eucalipto, cana-de-açúcar, cisternas de plástico, polo gesseiro (poluição), carro-pipa, saneamento básico e má distribuição de água no campo e na cidade. As mulheres também ratificaram as estratégias de convivência com a seca como a oferta de mandacaru para os animais e a urgência de ações estruturantes como perfuração de poços e construção de cisternas de placas.

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