Jovens rurais debatem Comunicação como Direito durante oficina

Queremos uma comunicação acessível a todos/as. Essa foi a frase de ordem da oficina sobre Direito à Comunicação, facilitada pelas comunicadoras das Ong´s Caatinga e Centro Sabiá nos dias 20 e 21 deste mês, em Triunfo-PE. O evento envolveu jovens rurais de municípios do Sertão do Araripe e Pajeú na discussão sobre o acesso à comunicação enquanto direito humano e acesso a tecnologias da informação e comunicação. Nas falas os/as jovens reforçaram a importância da participação da sociedade na produção de informações veiculadas pelas mídias comerciais, bem como da ocupação desses meios. Além disso, eles/elas pautaram a urgência de um acesso democrático às tecnologias, já que nas comunidades rurais eles/elas não contam com acesso a internet e sinal de telefone. “A comunicação que a gente quer não é tecnologia, a gente já está cheio de tecnologia. A comunicação que a gente quer é aquela que seja acessível que chegue até a gente. Porque não adianta a gente inovar em tecnologia se ela não chegar até onde a gente está, em nossas casas. Comunicação nos remete a outra palavra chave que é acessibilidade” destacou Pedro Izidoro, jovem multiplicador de agroecologia. Durante a programação do evento, foi pautada também a realidade das rádios comunitárias no Brasil a partir do exemplo de luta da Rádio Favela, abordada no filme Uma Onda no Ar dirigido por Helvécio Hatton. Esta foi a segunda oficina realizada sobre direito à comunicação, e faz parte das ações do Projeto Cidadania Ambiental: O direito a meios de vida sustentáveis no semiárido brasileiro. Uma iniciativa do Caatinga e Centro Sabiá com apoio da União Europeia.    

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