Painel de gênero e agroecologia desperta a emoção e traz reflexão sobre a violência contra as mulheres

  Uma tarde de depoimentos emocionados, foi o que as dezenas de pessoas que estiveram nesta quinta-feira, 05, no Sítio Lagoa do Urubu, puderam conferir. Entoada pelo espetáculo Maria, Maria da companhia de teatro Trup Errante que fez os presentes cantarem e se emocionarem com a canção de Milton Nascimento que tem o mesmo nome da peça, o painel de gênero e Agroecologia aqueceu os corações e trouxe à tona debates acerca do feminismo, gênero, violência e lutas em defesa dos direitos das mulheres. Mediado pela Coordenadora do Programa de Agroecologia e Convivência do Caatinga, Lana Fernandes,  o debate contou com a apresentação da experiência do  Grupo de Mulheres do Sítio Santa Fé em Santa Filomena, e com as falas da Coordenadora da Casa da Mulher do Nordeste, Graciete Santos e da membro do Grupo de Mulheres Jurema, Adevânia Carvalho. Na ocasião, foram esclarecidas as relações e diferenças entre gênero e feminismo. Graciete Santos ratificou que a bandeira do feminismo é muito diferente do que é pregado e entendido por muitos que pensam ser “o contrário do machismo”. “O feminismo prega o pensamento de que as mulheres devem decidir sobre o rumo de suas vidas e terem autonomia para fazerem suas escolhas”, salienta. Outra pauta que permeou a discussão foi a violência que as mulheres sofrem no seu dia a dia, seja ela física, psicológica ou patrimonial. “Eu não acredito em um modelo de agroecologia onde não haja respeito entre homens e mulheres, onde a relação de gênero não aconteça”, destacou Adevânia Carvalho ao lembrar a relevância da sensibilização das pessoas acerca da equidade de gênero e do combate à violência doméstica. Emocionado, o Coordenador Geral do Caatinga, Giovanne Xenofonte fez um apelo para que todas as pessoas levassem consigo e compartilhassem a bandeira da não violência e do respeito às mulheres. “É fundamental levar este debate para as comunidades para que este tipo de violência contra a mulher seja banido. Devemos incorporar este tipo de luta”, ratificou.

Compartilhe