Escola camponesa da memória recupera historia dos cinquenta anos do golpe de 64

“Não podemos permitir que esse período seja ignorado, esquecido ou maquiado”

Por Ascom MPA Brasil Entre os dias 29 de março a 01 de abril em Brasília o  Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA estará realizando a Escola Camponesa da Memória. A atividade faz parte do calendário de lutas do Movimento em denúncia ao golpe de 64,  a escola tem o objetivo de  recuperar esse período de luta e resistência do povo, e denunciar as atrocidades cometidas pelo estado na época, sobre tudo a  repressão contra os  camponeses no “período de chumbo”. A Escola reunirá mais de 100 jovens camponeses, militantes, de 13 estados brasileiros,  organizações como  Levante Popular da Juventude, MST e Via Campesina Internacional, também estarão presentes na escola. A programação combinará formação política para compreensão contexto do golpe, lutas de resistência, até o período da redemocratização e ações de rua. Rafaela Alves do coletivo nacional de juventude afirma que o resgate  e a memoria da luta contra a ditadura é uma tarefa fundamental da juventude brasileira “  existe uma divida histórica do estado brasileiro com o povo, não se pode permitir que um período de luta com esse seja esquecido ou ignorado ou melhor maquiado, a juventude não estava presente apenas na condição etária dos que lutaram conta o golpe de 64, de fato so ideais dos movimentos de luta e resistência eram ideais jovens, ou seja de liberdade, por isso a juventude de hoje deve resgatar e garantir a justiça pelos que lutaram por esses ideais” afirmou Rafaela. Dentre as presenças para a contribuição da escola está confirmada a participação de  Milton Pinheiro professor de Ciência Política da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e Gilney Viana  membro da Comissão da Verdade  e Gilney Viana  membro da Comissão da Verdade . Segundo Marcelo Leal do coletivo nacional de formação do MPA, a escola tem uma função fundamental para os movimentos populares do Brasil “ nossas organizações de hoje são parte viva  dos movimentos que lutaram contra a ditadura, nós somos a continuidade de uma luta que não acabou em 85,  não podemos permitir que nenhum brasileiro ou brasileira não saiba oque foi de fato a ditadura, não permitirmos que nenhum militante se quer seja esquecido ou escondido pelas queimas de arquivo dos militares ou pelo esquecimento popular” Afirmou Leal. Um dos debates principais da escola é a participação e repressão  contra camponeses e camponesas no período da ditadura, atualmente  o estado brasileiro reconhece apenas 29 mortes, no entanto a Comissão da Verdade apurou que são mais de 1mil.  

Compartilhe