Mulheres, profissionais e gestores para reduzir a mortalidade materna
imagem ilustrativa – Doulas – Fonte: google Por Gustavo Cabrera Christiansen – Assessor de Comunicação do Centro Nordestino de Medicina Popular – CNMP O primeiro módulo do curso de formação em direitos sexuais e reprodutivos do projeto Mulheres doulas: articulando vidas começou na quarta-feira 17 de junho, no município de Lagoa Grande (PE). Mais de vinte mulheres das comunidades estão participando da formação que acontece durante dois dias na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais dessa cidade. As atividades são desenvolvidas pela educadora Cláudia Xenofonte do Centro Nordestino de Medicina Popular. O projeto é financiado pela União Europeia e conta com as parcerias da ONG CAATINGA e do Fórum de Mulheres do Araripe. Reduzir a mortalidade materna é um dos objetivos do projeto Mulheres Doulas: articulando vidas, que também envolverá, além das mulheres, gestores públicos e profissionais da atenção básica à saúde dos sertões do Araripe e de São Francisco. Durante três anos e meio o CNMP trabalhará neste projeto que atingirá seis municípios de Pernambuco e três da região metropolitana de Rio Grande do Norte. Com a finalidade de promover a humanização dos serviços de assistência à saúde da mulher, começará amanhã quinta-feira o curso com profissionais e gestores de saúde, no mesmo município. A formação será coordenada pela enfermeira obstetra Renata Miranda, do CNMP. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil conseguiu reduzir em 43% a proporção de morte de mulheres (MM) causadas por complicações durante a gravidez ou o parto, entre os anos de 1990 e 2013. No período, a taxa de mortalidade caiu de 120 mães por 100 mil nascidos vivos, em 1990, para 69 mães por 100 mil nascidos vivos em 2013. Contudo, o dado é preocupante: a OMS considera até 20 MM como um nível aceitável.