Implantação de sistemas de microirrigação estimula produção de alimentos saudáveis no Araripe Pernambucano
A tecnologia simples ajuda as famílias agricultoras a manterem pomares e hortas O sistema é bem simples e eficaz: Uma caixa d’agua de cimento com cerca de quatro metros de altura, armazena a água canalizada – por meio de uma bomba – da cisterna ou de um barreiro e rega as plantas por meio de canos e mangueiras de gotejamento. A tecnologia implantada gratuitamente por meio do Projeto Venda Certa/Redes Ecoforte executado pela Ong Caatinga com apoio da Fundação Banco do Brasil, BNDES e Governo Federal, ajuda a economizar água e estimula a diversificação do cultivo de alimentos saudáveis nas propriedades de dezenas de famílias agricultoras do Araripe pernambucano. Ao todo 11 famílias serão contempladas com os sistemas de microirrigação. Francisco Gomes Soares, conhecido como Chico Peba, é um dos agricultores beneficiados com a tecnologia. No sitio Água Branca, município de Santa Cruz, onde reside com sua esposa e uma filha, ele afirma que o benefício vai somar e ajudá-lo a diversificar seus cultivos. “Essa caixa vai me ajudar no desenvolvimento do quintal. Com certeza vou ter uma melhor produção. De hoje em diante, com a ajuda do bioágua, cisterna-calçadão e agora com a caixa d’agua não vamos ter muita dificuldade na diversificação do quintal. Se Deus quiser e tiver chuvas, nós estaremos em abril comercializando de novo na feira agroecológica”, planeja. Há alguns quilômetros da casa de Seu Chico, outra família também recebeu a tecnologia. No Sitio Campo Formoso onde mora Josefa Maria da Conceição, dona Zefinha, o sistema vai auxiliar na ampliação da horta. “Meus planos é de arrumar minha horta. Eu espero conseguir mais coisas do que eu tenho, pra ajudar na alimentação da minha família e pra venda. Se Deus ajudar e tiver chuva quero diversificar cada vez mais o plantio. Quero plantar repolho, chuchu, beterraba e abóbora”, sonha. A agricultora vende seus produtos, todos os sábados, na feira agroecológica de Santa Cruz. A comercialização das hortaliças gera renda para a família há quase dois anos, também assegura independência do mercado e segurança alimentar e nutricional para eles, já que se alimentam do que cultivam.