Juventude camponesa no V Encontro Nacional de Agricultoras/es Experimentadoras/es

Por Joiane Rocha – comunicadora popular da ASA Minas

Cerca de 40 jovens dos 10 estados que compõe o semiárido brasileiro estiveram reunidos (as), hoje (12), para discutir o fortalecimento da juventude rural e seu importante papel na construção do conhecimento para a convivência com o semiárido.  

A plenária contou com um público de jovens bastante diverso, dentre os quais estavam agricultores (as), apicultores (as), artistas, estudantes, comunicadores (as) populares, escritores (as) e representantes de organizações da sociedade civil.

No primeiro momento do debate, os (as) representantes de cada estado relataram como têm sido os avanços dentro de suas comunidades e territórios. Diversos pontos foram citados, como o aumento da participação dos jovens em diretorias de sindicatos, associações e coletivos de comunicação popular, trabalhos de resgate da cultura e costumes das comunidades rurais e inserção de jovens em temáticas importantes. 

Outros temas debatidos foram o aumento do número de acessos ao ensino técnico e superior, assim como pesquisas e projetos de incentivo aos jovens rurais. Criação de cooperativas incentivando os (as) agricultores (as) a permanecerem em suas comunidades, reduzindo o êxodo rural. Na plenária destacou-se a realização de importantes atos e debates relatando e denunciando a violência contra a juventude LGBT e a discussão sobre as relações sociais de gênero. Diante dos relatos os jovens puderam tirar suas dúvidas, além de contribuir com suas experiências, o que fortaleceu e enriqueceu o momento.

Logo em seguida, cada representação estadual trouxe à plenária as dificuldades enfrentadas no dia a dia. Foram citados o número crescente das taxas de extermínio de jovens; dificuldade de acesso à água para produção; fechamento de escolas rurais; violência sexual; drogas; desemprego; redução do incentivo ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA); preconceito; machismo, entre outros.

Apesar das diferenças geográficas, percebeu-se que os avanços, lutas e desafios enfrentados pelos (as) jovens do semiárido, se assemelham. Diante disto, foi proposto pelos (as) presentes a construção de uma carta política que será apresentada no fim do V Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadores do Semiárido.

 

Compartilhe