I Festival Semiárido Vivo traz cultura para discutir pautas políticas

Evento acontece dia 19 de agosto, em Triunfo (PE)

Um dia para celebrar a agroecologia, agricultoras e agricultores por meio de manifestações culturais e momentos de compromisso político é o mote do I Festival Semiárido Vivo. Com o tema “Agroecologia e Democracia: Agricultura Familiar Camponesa é Saúde do Povo e Comida na Mesa”, o festival acontece dia 19 de agosto, no Pátio de eventos Maestro Madureira, na cidade de Triunfo (PE).

O evento é uma realização da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) em Pernambuco, Rede Ater Nordeste de Agroecologia, Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) e da Rede Pajeú de Agroecologia, com apoio da Cáritas Alemã e da Prefeitura Municipal de Triunfo.

As ações iniciam às 10h, com música eletrônica e montagem da feira, seguindo até 22h com um show-encerramento de Maciel Melo. Durante o dia, o público vai poder assistir à apresentação do grupo folclórico Caretas de Triunfo, às 16h; e, às 19h30, o show da banda As Fulô.

Às 14h, inicia a Feira de Saberes e Sabores, onde alimentos agroecológicos e artesanato dos territórios do Agreste e dos sertões do Araripe e Pajeú estarão disponíveis. Nos intervalos de cada ação, serão exibidos vídeos e vinhetas do projeto Terra de Vidas, das campanhas educativas contra o desmatamento e o uso de agrotóxicos, além do lançamento da Campanha Onde o fogo pega, a morte fica, do Centro Sabiá contra a prática de queimadas na agricultura.

Às 18h30 está marcado o momento político do I Festival Semiárido Vivo, com a apresentação de cartas-compromisso da ASA, da ANA e de outras articulações que dialogam com demais assuntos, como educação, que serão entregues às candidatas e candidatos nas eleições deste ano, além de autoridades políticas, que estarão presentes no evento. Nas cartas, estão apresentados pontos de atenção que envolvem a vida no campo – que impactam a vida na cidade.

Nos textos, são colocados eixos de importantes demandas, em meio ao contexto da volta dos números alarmantes da fome no Brasil, 33 milhões de pessoas, além de 58,7% da população que sofre com a insegurança alimentar.

A questão agrária, os direitos territoriais, o enfrentamento da fome, a importância da ciência, a democratização da comunicação e da cultura, a participação democrática para a construção de políticas públicas e a promoção da igualdade racial e de gêneros são alguns dos pontos levantados nas Cartas-Compromisso.

“O objetivo é dialogar com a sociedade e com os candidatos a respeito de políticas públicas de apoio à agricultura familiar. Queremos pedir o compromisso desses candidatos, caso sejam eleitos, de assumir essas pautas como pautas de interesse para a sociedade. E explicar a importância da agricultura familiar na produção de alimentos limpos e saudáveis, que precisam de apoio de políticas públicas para ampliar a produção”, explica Giovanne Xenofonte, técnico do CAATINGA, organização que faz parte da ANA, ASA e Rede Ater Nordeste.

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